sábado, 7 de dezembro de 2013

Berimbau

É o principal instrumento da modalidade, apesar de não ser aconselhada a sua aprendizagem como primeiro instrumento por ser de difícil manuseamento e toque, comparado com os restantes instrumentos. É construído com um pau de beriba. Um arame de aço n.º 5 que une as duas extremidades do pau e ao qual se adiciona uma cabaça que irá funcionar como caixa de ressonância através de um fio (barbante) colocado de forma a abraçar o arame e o pau do berimbau. Depois deve ser tocado com uma vareta (efectua os batimentos) e um dobrão (moeda ou pequena pedra) que realiza os diferentes tipos de som que se podem extrair. Existem três tipos de berimbaus mediante o tamanho da cabaça; Gunga, Médio e Viola. O toque do berimbau agrupa os capoeiristas em círculo. O pé do berimbau é a entrada ritual para a roda de Capoeira. Situado à frente dos instrumentos, onde o berimbau ocupa a posição central, é o espaço liminar onde os capoeiristas se agacham acocorados e se cumprimentam, apertando as mãos, para dar início ao jogo. Para finalizar resta dizer que adjacente ao berimbau se encontra o caxixi (cesto com sementes) que faz parte do berimbau embora a aprendizagem do mesmo possa ser efectuada de forma separada. O berimbau faz a marcação do toque e rege a roda de Capoeira.







Pandeiro




Instrumento de origem Hindu. O pandeiro aparece como segundo instrumento em ordem de importância, sendo um instrumento de fácil aprendizagem já que envolve ritmos simples (com excepção do Samba) não exigindo grande domínio de motricidade fina. É semelhante à pandeireta mas um pouco maior, tendo sido introduzido na Capoeira por via portuguesa, embora originalmente não seja um instrumento português. Acompanha o som do caxixi do berimbau.

                                              Atabaque


Também chamado timbau este é o instrumento proposto para o ensino dos ritmos de Capoeira, já que os movimentos exigidos são de motricidade grossa e envolvem ritmos de simples aprendizagem. Pode ser facilmente substituído por pequenos djambés tão em moda na juventude actual ou outros instrumentos de percussão com vista à aprendizagem rítmica, já que o instrumento original (atabaque) é de grande dimensão e elevado custo. A utilização do atabaque encontra a resistência dos mestres mais antigos, porque este instrumento produz um som alto, que impede ao capoeirista de distinguir o toque que está a ser executado pelo berimbau. Acompanha o berimbau na marcação do ritmo.




 Agogô

Este instrumento é perfeitamente dispensável, servindo apenas como complemento sonoro da roda. Consiste num conjunto de dois sinos metálicos de tamanho diferente ligados por um elo de ferro em que se utiliza uma baqueta para extrair os sons com batimentos. É também um instrumento de fácil aprendizagem e que pode servir como progressão rítmica. Contudo, é de mais difícil obtenção apesar do seu baixo custo. Tem a função de ser contraponto rítmico ao berimbau e ao                                                      atabaque.

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