domingo, 11 de maio de 2014

CURIOSIDADE SOBRE A MANDINGA




                                                       HISTÓRIA

Aqui tentaremos rever a questão que é famosa no mundo da capoeira, a origem da palavra Mandinga como possìvelmente ela apareceu no mundo da capoeira e talvez possa automáticamente explicar ou dar a cada um uma fora de entender o que é a mandinga na capoeira, uma interessante passagem pela história, uma viagem no tempo para reflectir sobre a "Mandinga e o famoso Patuá".

Os mandingos (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. São descendentes do Império Mali, que ascendeu ao poder durante o reinado do grande rei mandingo Sundiata Keita. Os mandingos pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingos ganharam a sua independencia de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais oportunidades de conquista. Através de uma série de conflitos, primeiramente com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon), levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingos em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos. Uma parte significativa dos afro-americanos nos Estados Unidos são descendentes de mandingos.
Os mandingos vivem principalmente na África Ocidental, particularmente na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade, na África Central. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia

                            Mandingos no Brasil

Mandinga no Brasil Colonial era a designação de um grupo étnico de origem africana, praticante do islamismo, possuidor do hábito de carregar junto ao peito, pendurado em um cordão, pequeno pedaço de couro com inscrições de trechos do Alcorão, que negros de outras etnias denominavam patuá. Depois de feita a inscrição, o couro era dobrado e fechado costurando-se uma borda na outra.
Por serem mais instruídos que outros grupos e conhecerem a escrita, eram geralmente escolhidos para exercer funções de confiança, dentre elas a de capitão do mato. Costumavam usar turbantes, sob os quais normalmente mantinham seus cabelos espichados. Diversos negros de outras etnias, quando fugiam, também espichavam o cabelo e usavam o patuá em um cordão junto ao peito, porém sem as inscrições, para tentar disfarçar o fato de não serem livres. Mas os mandinga tinham o costume de se reconhecer mutuamente recitando trechos do Alcorão uns para os outros. Caso o negro interpelado não recitasse o trecho correto, o capitão do mato de etnia mandinga, capturaria o fugitivo imediatamente. Outras etnias viam, nessa mútua identificação, alguma espécie de magia, e muitas vezes atribuíam ao patuá poderes extraordinários, que permitiam ao mandinga identificar os fugitivos


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